No último sábado (22), a Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba esteve com as mulheres do Terreiro de Mãe Mocinha de Oxum, no bairro do Colibris, Santa Rita/PB, para dialogar sobre a Marcha das Mulheres Negras 2025, que acontece em novembro, em Brasília. Foi um momento de troca, força e reafirmação: nossa luta é ancestral, coletiva e inegociável!
Na oportunidade, as ativistas Durvalina Rodrigues e Uliana Gomes elencaram os motivos que fazem as mulheres negras marcharem no dia 25 de novembro e ressaltaram a importância das mulheres de terreiro participarem e fortalecerem essa mobilização no Estado da Paraíba.
Nós, Mulheres Negras Brasileiras, estamos em marcha para reforçar o nosso protagonismo histórico no enfretamento ao racismo patriarcal; visibilizar nossos modos de fazer incidência política, baseadas no legado ancestral e nos projetos de continuidade da comunidade negra; e reafirmar o enfrentamento contínuo ao genocídio da população negra, ao feminicídio e a negação dos direitos fundamentais dos povos e comunidades tradicionais.
Somos as anônimas guerreiras brasileiras inquietas, mobilizadas e provocadas para discutir, articular e construir o projeto de Reparação Histórica pelos terríveis danos causados pelo colonialismo e escravização do povo negro – que perdurou por quase 400 anos, e que ainda orientam o pensamento e o modus operandi racista patriarcal da elite branca que governa este país. Nós, mulheres negras, já começamos a fazer os cálculos e agora queremos saber: quem vai pagar a conta?
O chamado é urgente porque sabemos que não há Marcha sem a presença das mulheres de axé, guardiãs de saberes, resistência e espiritualidade.
Essa atividade faz parte da agenda do Março de Lutas, organizado pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste.
Seguimos fortalecendo caminhos rumo à Marcha das Mulheres Negras 2025! Axé!
