Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba Uncategorized Ativistas da Abayomi PB participam de Encontro Regional do Nordeste rumo à II Marcha das Mulheres Negras em Recife/PE

Ativistas da Abayomi PB participam de Encontro Regional do Nordeste rumo à II Marcha das Mulheres Negras em Recife/PE


Durante os dias 06,07 e 08 de dezembro, as ativistas Terlúcia Silva, Durvalina Rodrigues, Pery Camilo, Priscila Rocha e Thais Vital participaram do Encontro Regional do Nordeste rumo à II Marcha das Mulheres Negras, em Recife/PE.

O Encontro foi organizado pelo Comitê Impulsor da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver – Região Nordeste e reuniu mulheres negras de diversos grupos, coletivos, associações e comitês da região Nordeste, todas engajadas na construção da 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, marcada para 25 de novembro de 2025, em Brasília (DF).

O objetivo foi promover a troca de experiências, o planejamento e a definição de estratégias de mobilização para a Marcha, fortalecendo o papel do Nordeste nesse processo.

Em sua fala de abertura, Valdecir Nascimento, fundadora do Odara – Instituto da Mulher Negra, lembrou que é o momento de o movimento de mulheres negras do Nordeste dizer ao país o que é Reparação e Bem Viver.

“O Brasil está esperando a gente dizer. Porque nós, as mulheres negras da região Nordeste, viramos os sujeitos políticos mais importantes desse país. É a hora de radicalizar. É por isso que nós estamos aqui, que nós não paramos desde 2015, e que precisamos cuidar para que nossas mais novas não experimentem as mesmas coisas que muitas de nós experimentamos”, declarou.

No primeiro dia de encontro, Durvalina Rodrigues (Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba) e Luciene Tavares (Organização de Mulheres Negras de Caiana dos Crioulos) conduziram a afrochegança. Durvalina destacou a importância da força da mobilização das mulheres negras e chamou a atenção para responsabilidade coletiva na construção da marcha: “A marcha não tem dona, e ela vai ter o tamanho que cada uma de nós der”, afirmou.

No segundo dia, a ativista Thais Vital (Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba) participou da Análise de Conjuntura, dividindo a mesa com as ativistas Socorro Guterres, da Rede de Mulheres Negras do Maranhão;  Francisca Senna, da Rede de Mulheres Negras do Ceará, e Marta da Paixão, Ativista Quilombola do Piauí, com a mediação de Naiara Leite (Odara – Instituto da Mulher Negra).

Os impactos da política internacional e das eleições ao redor do mundo, que tem demarcado o avanço do conservadorismo e da extrema direita; a apropriação, captura e esvaziamento das agendas e discursos do movimento negro; a luta por território para as comunidades tradicionais; e as trocas intergeracionais entres o movimento de mulheres negras, foram alguns dos temas que nortearam o debate.

No segundo e terceiro dias, Terlúcia Silva (Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba) juntamente com Naiara Leite (Odara – Instituto da Mulher Negra) conduziram a dinâmica de olhar para os Estados, para que cada delegação estadual apresentasse um panorama com desafios e metas para a mobilização em cada estado nordestino.

Delegação da Paraíba – O Comitê Impulsor da Paraíba participou ativamente das atividades, apontou os desafios e uma síntese do andamento da mobilização no Estado, apresentando como uma das metas levar cerca de 30 ônibus para a Marcha das mulheres negras em Brasília, em 2025, com aproximadamente 1500 mulheres.

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