A participação da Abayomi PB no XIII Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (Copene) foi marcada por uma atuação dinâmica. O evento, sediado na cidade de Belém do Pará, no período de 09 a 13 de setembro, reuniu pesquisadores/as e ativistas de todo país em torno de debates cruciais sobre a educação e as relações étnico-raciais no Brasil.
Uma das contribuições da Abayomi PB foi no debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) e as estratégias para o fortalecimento da educação para as relações étnico-raciais. Além disso, houve destaque para a participação na mesa redonda sobre a 2ª Marcha das Mulheres Negras, movimento essencial para o fortalecimento das vozes femininas negras no país, marcado para acontecer em novembro de 2025, em Brasília (DF), e que será um marco na luta pela garantia de direitos das mulheres negras no Brasil.
No Copene, a Abayomi PB, representada pelas ativistas Durvalina Rodrigues, Uliana Gomes, Terlúcia Silva, e a colaboradora Rosangela Gomes, também realizou o lançamento do Dossiê “20 anos da Lei 10.639: a Paraíba fez a sua lição?”, um importante instrumento de incidência política que visa fortalecer a luta por uma educação sem racismo. O documento faz uma análise crítica sobre a implementação da lei, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, e destaca as conquistas e os desafios na Paraíba.
Outro momento que teve a participação de Terlúcia Silva foi a apresentação de e-books da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) nos painéis “As Mulheres querem Viver e Escrevem” e “Democratização do Ensino Superior”, abordando a importância de garantir mais espaços de formação e expressão para mulheres negras na academia e na sociedade em geral.
Além das atividades no Copene, a Abayomi PB também realizou uma visita à sede do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), onde entregou oficialmente dois exemplares do Dossiê, fortalecendo as conexões com outras instituições/organizações/movimentos e ampliando a visibilidade do material como ferramenta de transformação.
Durante a visita, nossas ativistas também tiveram a oportunidade de ouvir e dialogar com importantes referências do pensamento negro, como Kabengele Munanga e Zélia Amador de Deus, figuras centrais na construção de uma educação antirracista e na defesa dos direitos da população negra no Brasil.
A participação da Abayomi PB no XIII Copene reforça o seu compromisso com a luta por uma educação que valorize as contribuições afro-brasileiras e indígenas, fortalecendo a resistência contra o racismo estrutural no país.
Abayomi PB – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba