Mais uma vez o racismo: até quando?


O talento do atacante brasileiro Viní Jr. é incontestável, mas, mais uma vez, o centro do debate em torno do nome do atleta vai além do futebol: o racismo.

Contra todas as evidências, Vini Jr. foi preterido na premiação da Bola de Ouro, evento em que a FIFA prestigia os melhores jogadores do mundo. A escolha de outro atleta para o prêmio, enquanto Vini Jr. é relegado a uma posição secundária, levanta questionamentos sobre o papel que questões raciais desempenham no reconhecimento do talento de atletas negros; e, no caso específico de Vini Jr., por também ser uma voz ativa contra o racismo, enfrentando a opressão dentro e fora dos gramados.

O caso de Vini Jr. é um reflexo da luta contra o racismo estrutural que permeia não só o futebol, mas a sociedade como um todo. As falhas em punir adequadamente os responsáveis por injúrias raciais, por racismo e a desvalorização de talentos negros são sintomas de um sistema que ainda privilegia determinados perfis.

Desde o início de sua carreira na Europa, Vini Jr. passou por diversas situações de racismo, principalmente em partidas na Espanha, onde foi alvo de cânticos e gestos racistas. A sua não premiação, contrariando todos os resultados dele em campo, é um debate que vai além, pois confirma o quanto o racismo e as engrenagens do sistema que o favorece são perversos; mas também o quanto a luta de Vini Jr. é necessária. A pergunta que fica é: até quando?

Vini Jr. é mais do que um jogador, é um símbolo de resistência e sua luta deve ser de todes que acreditam em um futebol e um mundo mais justo.

Pra cima deles, Vini!!!

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