Nove anos…
Na manhã de 16 de março de 2014, Cláudia Silva Ferreira saía de casa para comprar o café da manhã para seus filhos quando foi atingida por bala, durante um suposto confronto da polícia que realizava uma operação no Morro da Congonha, na zona norte do Rio de Janeiro.
Em seguida, policiais, afirmando que a levariam para o hospital, a colocaram na parte de trás da viatura, cuja porta abriu durante o percurso, e arrastou Cláudia por cerca de 350 metros.
Cláudia foi assassinada por quem deveria protegê-la… Onde estão os assassinos?
Até quando nossos corpos serão o alvo? Até quando o racismo institucional vai nos atravessar e tombar nossos corpos, eliminar nossas vidas?
Não esqueceremos…
Não esqueceremos…
Cláudia Silva Ferreira, PRESENTE.
O CASO –
Nesta quinta-feira (16), completaram-se nove anos do assassinato de Cláudia Silva Ferreira, aos 38 anos, pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Conhecida como Cacau, era moradora do Morro da Congonha, na zona norte do Rio de Janeiro e trabalhava como auxiliar de serviços em um hospital.
Cláudia completaria 20 anos de casada em setembro de 2014, com o companheiro com quem teve quatro filhos. E foi justamente para comprar comida para os filhos que saiu naquela manhã, e se tornou mais uma vítima atingida durante uma operação policial.
Três policiais, alegando que levariam Cláudia para um hospital, a colocaram no porta-malas da viatura. Um cinegrafista anônimo que seguiu a viatura, registrou o momento em que o corpo de Cláudia caiu para fora do porta-malas e foi arrastado por 350 metros, preso ao carro apenas pela roupa. O vídeo divulgado pela imprensa teve grande repercussão no Brasil e também internacionalmente, gerando protestos pedindo por justiça.
Fonte: Revista Afirmativa.