Nascida no Centro Histórico de Salvador em 10 de fevereiro de 1894, Mãe Menininha do Gantois, como ficou conhecida Maria Escolástica da Conceição Nazaré, descendente direta de pessoas negras escravizadas, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá no terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.
Foi à quarta das Iyálorixá do Terreiro do Gantois, iniciada no culto aos Orixás de Ketu aos oito anos de idade e assumiu definitivamente o terreiro aos 28. Mãe Menininha foi uma das principais articuladoras do término das restrições a cultos impostas pela Lei de Jogos e Costumes de 1930, que condicionava a realização de rituais à autorização policial e limitava o horário de término dos rituais às 22 horas, mas isso não impedia que os policiais invadissem os terreiros com violência.
Toda a sua vida foi dedicada à luta pela difusão, popularização e reconhecimento do candomblé. Faleceu no dia 13 de agosto de 1986, aos 92 anos de idade de causas naturais, seu funeral foi uma das maiores procissões já registradas na Bahia e também contou com a presença de líderes de outras religiões.
Mãe Menininha do Gantois é um dos maiores símbolos de resistência do povo negro e da cultura negra no Brasil e no mundo e sempre será lembrada como uma pessoa de muita luz que levava palavras de paz e sabedoria a quem estivesse a sua volta.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e_Menininha_do_Gantois http://www.palmares.gov.br/?page_id=8228
