No dia 18 de maio foi instituído o dia Nacional da Luta Antimanicomial, que há mais de 30 anos vêm colaborando com o fechamento de diversas instituições manicomiais e com o fim das práticas de tratamento invasivas e condições desumanas de permanência.
É importante considerar que os manicômios têm muito em comum com as prisões carcerárias: o confinamento da população preta, pobre, mulheres, LGBTQIA+, usuários de substâncias psicoativas e demais grupos que há séculos vêm sendo alvo dos processos de higienização social, condição que os exclui e os marginaliza. Ambas instituições descaracterizam o indivíduo e ferem seus direitos humanos, direitos fundamentais.
Como alterativa às práticas de isolamento, busca-se o cuidado no território, na comunidade, junto à família e demais pessoas a quem se tem um vínculo, podendo o indivíduo exercer sua cidadania. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um dos serviços disponíveis de referencia no cuidado, entre outros que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
O pedido ao fim dos manicômios não se refere apenas à instituição, mas também se pede o fim dos manicômios mentais, o fim das práticas de exclusões sociais e a aceitação à diversidade nas suas mais diversas formas de existência.
TRANCAR NÃO É CUIDAR.
– Janira Neta